arte contemporanea

Além dos papeis avulsos, quis explorar o rolo de papel na relação do que é  escondido e o que está  à mostra, como mais uma camada de dualidades concomitantes, que já se via na relação do branco/preto entre o evidente e o sutil nos papéis avulsos.  

O desenho está em todo o lugar, mas é uma escolha muito pessoal aquilo que a gente olha e desenha. Eu escolhi olhar para as “contenções gráficas”, e no meu papel, deixei aparecer sobre elas um desenho de imaginação que vem de um gesto solto, criando uma tensão equilibrante.
O desenho já teve um lugar estruturante, sobretudo na pintura, ficando escondido e ancorando a composição. Nesses trabalhos que estou fazendo, há o diálogo entre dois desenhos. O desenho de observação que trago (como bem nos lembrou Edith Derdyk em sua fala, no começo da ocupação)  tem a ver com o conceito de dragar - “to draw” - algo da realidade. Uma realidade externa. Mas tem também o outro desenho, aquele que aporta a realidade interna, que para mim se traduz no gesto do pincel e nanquim.