top of page

JOGO DOS SETE ERROSarte contemporânea
2022

JOGO DOS SETE ERROS é uma instalação com intenção colaborativa.  Dela fazem parte 7 dípticos além de bancos, pranchetas com papel e caneta sugerindo ao público que circule pelo espaço expositivo sentando-se nos bancos nos lugares que lhe parecerem mais interessantes e estimulando a escrita de uma narrativa ou reflexão a partir das pinturas. Estas estão expostas a 1,40 de altura, pensadas para serem vistas pelo público sentado nos bancos a disposição.

Busca visual é o processo que consiste em encadear diversas fixações sucessivas sobre uma mesma cena visual, a fim de explorá-la em detalhe. Esse processo está intimamente vinculado à atenção e à informação: o ponto no qual se deterá a próxima fixação é determinado ao mesmo tempo pelo objeto da busca, pela natureza da fixação atual e pela variação do campo visual. Partindo dessa premissa, o título da série se refere ao jogo que explora o conceito de busca visual. Para jogar é preciso olhar para as duas imagens com muito cuidado. E é esse meu convite: um olhar atento para as imagens que eu apresento lado a lado. Porém, ao contrário do que acontece no jogo, são as semelhanças entre as imagens que são sutis e não as diferenças. A inversão das regras do jogo coloca-se como estratégia para prolongar a busca visual.  

Pedir o tempo de alguém, é o que me proponho a partir da premissa de que a pintura é também campo de contemplação,  em contraponto à relação contemporânea com as imagens, que se dá em alta velocidade e automatismo. A ideia de sentar-se nos bancos providos, reitera esse pedido. Não existem literalmente sete erros, existe um pedido velado: pare e observe, dê-me seu tempo para além do tempo acelerado contemporâneo, deguste.

Nesta série desenho e pintura se sobrepõem, se interceptam mutuamente, complementando-se. Eu explorei a relação entre as linguagens estabelecendo diálogos sutis formais e simbólicos. Os trabalhos existindo aos pares, reiteram essa investigação.

DOPPELGÄNGERarte contemporânea
2023

Doppelgänger

Apontar que as coisas nem sempre são o que parecem ser, apontar para  ambiguidades e deslocamentos. Este trabalho dialoga com um olhar atento para um duplo, uma situação perceptiva ambígua e inquietante. Esse duplo que proponho,  opera por sutis diferenças como estratégia de “sedução”. Minha proposta é ativar o retiniano e afetar o corporal ao mesmo tempo.

 

Proponho chamar a atenção para um retiniano que tensione nossa relação de imediatismo do consumo de imagens visuais. Como afirma Byung-Chul Han em Agonia do Eros, ‘a mudança veloz das imagens não nos concede mais tempo’ de contemplação e o sujeito da sociedade do desempenho esgota-se na coerção da hipervigilância em que vivemos. Imagens vistas, mas não percebidas. A afetação sensorial da velocidade é suficiente para o consumo apenas. Esta instalação investiga  a  nossa relação imediatista com a imagem.

A ideia de trazer imagens em duplo é apontar para as falhas na percepção e sugerir um outro modo de ver (deslocamento) pela possibilidade de retornar a uma ou outra versão da mesma imagem.

Diante de investigação da ideia de fluxos e espaços-entre, iniciei também pesquisas com a imagem sequenciada a partir do vídeo.

A fotografia tem se colocado como ferramenta de notação: aquilo que me chama atenção, uma imagem que se repete constantemente em meus percursos, eu acabo fotografando para depois me apoiar como referência visual para as pinturas e desenhos.

Mas algumas fotografias tem se mostrado mais do que material de referência e tenho nos vídeos explorado sua relação com a palavra e o ritmo que a linguagem do vídeo permite.

VIDEOS
2023

bottom of page